17 de junho de 2009

Influências...

Vi essa matéria no blog do Per Raps e achei que poderia fazer algo na mesma linha, falar um pouco sobre as minhas referências e que nunca canso de ouvir.



01) Fugees – The Score

Meu primeiro álbum de Hip-Hop. Ganhei de presente quando meu pai fez uma viagem a negócios para São Paulo e chegou com essa novidade. Fiquei literalmente viciado no disco, toda hora, todo dia estava lá tocando no meu som, por mais que não tivesse mais nada novo, mesmo se tivesse, ele foi o famoso empurrão para apreciar sem moderação essa cultura.

As faixas “How Many Mics” que é um porradão na orelha, “Fu - Gee –La” que a Lauryn Hill fez uma levada que coloca qualquer MC no bolso “Cowboys” com Rah Digga e Jonh Forte destruindo também e “Ready or Not” que era o hit nos carros aqui não saíam da minha mente.
Wyclef Jean, Lauryn Hill e Pras fizeram um grande trabalho nesse álbum, esse sim eu posso abrir a boca e dizer que é um clássico!



02) Michael Jackson – Thriller

Michael faz parte da vida de qualquer garoto que nasceu na década de 80 e por isso todo mundo curtia o seu som e queria imitá-lo na coreografia. Sou fã assumido dele, seus primeiros álbuns foram a trilha sonora da minha infância e que quero passar para qualquer moleque que tenha a idade que tinha quando ouvi pela primeira vez.Tive a oportunidade de comprar ele num sebo numa mine-turnê do Ataque Beliz em Fortaleza em 2004 e fiquei feliz e chateado. Feliz por ter encontrado o disco e chateado por ter comprado por apenas R$ 3,00 reais. Como pode um disco ter vendido 50 mil cópias e estar nesse preço, vai saber...

As faixas “Baby Be Mine”, “The Girl Is Mine”, “P.Y.T”, “Lady Of My Life”, “Human Nature” são excelentes. Sem esquecer de mencionar as clássicas como “Billie Jam”, “Beat It”, “Wanna Be Startin Somethin” e “Thriller” que marcaram a vida de qualquer ser deste planeta. Acho que mencionei todo o disco, mas é aquilo, se é mais um clássico o que eu posso fazer?




03) Common – Eletric Circus



“Im going to do the best I can do
Cause i'm the best when i'm with you”.


Muitos falam que essa foi a pior obra dele e eu digo o contrário. Para mim foi um disco experimental onde ele misturou o Soul com Rock e com Hip-Hop. Common teve a originalidade em fazer isso sem pensar o que seu público poderia dizer por já está esperando mais um clássico como aconteceu no seu penúltimo álbum. Eu pouco conhecia ele, mas depois de ouvir a tão famosa “The Light” me interessei pelo seu trabalho e na época tinha acabado de sair esse disco, no início fiquei meio bolado com as misturas, mas depois ouvi com calma e fui me apegando a ele, sem contar que ?uestlove fez o seu papel em tocar em timbres fortes a bateria de cada faixa.

As faixas “Ferris Whell”, “Soul Power”, “Heaven Somewhere” são fundamentais para saber se vale a pena ou não dizer que esse disco não é bom. Mas caso ainda não achou nada interessante, escute “Come Close” que foi produzida por Pharrel Williams e pra ser sincero foi à música que assisti o videoclipe e vi que Common não era apenas um rap destaque ele sim representava os verdadeiros mc’s que não coloca em suas canções citações a pornografia e a ostentação. Disco para qualquer momento.



04) Blackstar – Mos Def e Talib Kweli

Essa dupla fez uma explosão no cenário underground. Assinou o nome na pedra do Hip-Hop, colocando Nelly, Jay Z, Eminem e Cia que na época era considerado os melhores mc’s ficaram no chinelo quando ouviram isso.
Com produção de DJ Hi-tek esse disco nunca sai da lista do meu Iphone, tanto em letra quanto instrumental, Blackstar soube transmitir a mensagem em cada faixa.Destaque para “Astronomy”, “Definition”, “Re-Definition”, “K.O.S”, “Respiration” e “Brown Skin Lady” que considero como a melhor faixa do disco a que quando termina ela reinicia...
Já fazem 10 anos de lançamento esse disco e ainda toda vez que escuto sinto a mesma sensação que tive quando o ouvi pela primeira vez.FODA!



05) Warren G I Want It All

Considerado um “G-Funk”, esse disco tem uma qualidade sonora excepcional. Onde não seguiu a mesma filosofia dos amigos como Dre e Snoop, colocou fora do seu mundo o taxado “Gangsta Rap” e por esse fato o disco traz inovações pela época onde Warren G trabalhou o álbum com banda e trouxe outra sonoridade ao Hip-Hop.Clássicos como “Gangsta Love”, “I Want It All”, “My Momma” e “G-Spot” finaliza o disco, o melhor momento de ouvi-lo é no famoso rolê pela cidade com o player no carro ou no fone de ouvido.



6) Cazuza – O Poeta Não Morreu



“Que só eu que podia, dentro da sua orelha fria, trazer segredos de liquidificador...”.

Existem diversos discos, mas não são todos que tem todos os seus clássicos em apenas um só. Ouvi Cazuza antes de começar a curtir Rap, lembro que meu tio ficava curtindo ele numa fita aqui nas madrugadas enquanto fumava para espairecer. Comecei a gostar, não de cara, mas depois comecei a prestar mais atenção nas letras e vi que ele era fundamental pro meu amadurecimento lírico. Ele fez uma revolução nas bandas de rock da época onde misturava Blues e Bossa Nova em suas músicas e isso tudo ao mesmo tempo por que foi uma “quebrada” no estilo veio à novidade na inovação musical brasileira e fora que suas letras são contagiantes, romancistas e que prendem o ouvinte pela viajem que ele define seus versos.

O que não sai da boca do povo é “Codinome Beija-Flor”, “Faz Parte Do Meu Show”, “Um Trem Para as Estrelas”, “Blues da Piedade”, “Todo Amor Que Houver Nessa Vida”, “Brasil” e “Ideologia”.

Disco para horas sossegado, onde pode tomar um vinho e olhar no olhar, dizer algo que traga sorriso a quem ouvir, mas detalhe só se for dois!rs



07) The Roots – Come Alive

Essa banda pra mim é a melhor no gênero. The Roots fez uma revolução mental na construção da minha carreira. Lembro quando ainda nem tínhamos criado o Ataque Beliz era apenas uma banca chamada Esquadrão do Verso, uma vez peguei um fita cassete emprestada com Hadda e tinha um show deles gravado no Free Jazz (Que hoje é Tim Festival) aqui no Brasil, pra ser sincero, eu pirei! Achei muito louco as improvisações da banda a versatilidade de Black Thought por ser o único vocalista, assim que assisti essa fita junto com Higo Melo e Mulumba Tráfica começávamos um processo de atualização em estrutura de banda, nem queríamos mais esse papo de tocar com CD e sim queríamos uma banda para poder ter essa versatilidade que existe no The Roots e por esse vídeo aula hoje tocamos com banda algumas vezes.

Desde de que vi esse show comecei a garimpar música dos caras, primeiro ouvi “Next Moviment” e já enlouqueci de depois consegui uma cópia desse álbum ao vivo e terminei de evoluir minha vontade em querer tocar somente com banda.Músicas como “Proceed”, “Love Of My Life”, “You Got Me” e “Step into the Realm” nunca deixarei de escutar e pretendo sempre apresentar a quem se interessar em querer dar um som acústico as suas produções.



08) Seu Jorge – Samba Esporte Fino

“Papagaio que acompanha João de Barro se enrola, vira ajudante de pedreiro”.

O timbre de voz é irreconhecível, desde sua primeira banda a Farofa Carioca eu piro no som desse cara, muito swing apimentado em levadas de rap com mistura no samba-rock. Seu Jorge trouxe a tona à linha musical brasileira que foi criada na época de 70, que muitos tinha esquecidos e que depois desse disco sentem a nostalgia da época.Faixas como “Carolina”, “Chega no Suíngue”, “Te Queria”, “Madá” e “De Alegria Raiou o Dia”, projetaram esse talentoso músico para emplacar sucessos nas casas de shows noturnas do país.

Boa pedida para o churrasco do fim de semana com geral!



09) Max de Castro – Samba Raro

Esse cara eu conheci nos rolês pela avenida e algumas vezes parava para lanchar no na barraca de cachorro quente da família Brito e eles tinham uma TV de 14 polegadas lá e ficavam assistindo o famoso e antigo programa do Luciano Hulk “O Positivo” que passava na Band, daí sempre que eles chamavam a dançarina Joana Prado que era conhecida como Feiticeira que entrava para vir fazer a sua dança sensual, quando ela entrava no palco o DJ rolava “Ela vai, ela vem, depois dela não tem pra mais ninguém...”. E sempre eu ficava pensando, quem canta esse som? Daí Higo Melo me disse que chamava Max de Castro e a música chama “Samba Raro”. Por essa dica, fiz uma pesquisa na net até encontrar seu disco.Destaque para “Samba Raro”, “Afrosamba”, “Ela Disse Assim”, “Onda Diferente” e “1 Flash”.

Um disco com instrumental e produção eletrônica que envolvia Samba e Hip-Hop, foi considerado o novo talento da música brasileira, mas o que me deixou ainda mais de cara, foi que Max de Castro tocou, produziu e compôs TUDO!


10) Xis – Seja Como For


Para mim esse disco fez uma reviravolta no cenário do Rap nacional, enquanto muitos seguiam a “mesmice” ele cortou caminho. Desde a primeira vez que ouvi esse disco fiquei fascinado, achei as produções do KL Jay tudo a ver com a linha que o Xis queria transmitir, isso que é bom, quando você expressa o que realmente a batida pede.

Suas letras são agressivas e com poesia intensa e realmente vivida, as participações assinaram para sempre melodias e rimas na cabeça de pessoas como a minha.Destaque para as faixas “Vai e Vem”, “Só Por Você”, “Perigo”, “Seja Como For” e “2092 a Lei da Rua”.



11) D’angelo - Voodoo



Quando ouvi pela primeira vez, já me lembrei de Marvin Gaye. O timbre em falsete convence e as batidas na linha de Soul, R&B e Jazz são o que prendem o ouvinte pelo fato de serem assinadas por ?uestlove e algumas guitarras por conta de Rafael Saadiq. Um disco que vi numa loja antiga já extinta e foi a primeira vez que julguei algo pela capa, a chei que eram aqueles R&B melosos, daqueles que escutam e já escorre mel na parede, daí um amigo comprou o disco e quando ouvi, toma a pedrada na orelha, já pedi emprestado pra fazer uma cópia e nisso foi o mês inteiro curtindo e até hoje faz parte do cotidiano.

Para mim as faixas que valem um “repeat” são “spanish joint”, “feel like makin Love”, “one mo gin”, “playa playa”, “devil s pie”, “left & right”, “the line”, “send it on”, “the root”, “untitled”.Acho que mencionei quase todas, afinal o disco é maneiro, bom, foda, cabuloso, fantástico, proparoxítona, sensacional!hahah


é imprescindível descrever o meu orgulho que são as minhas influencias.

2 comentários:

Camilinha disse...

é incrivel poder focar mais perto do artista, sabendo de suas historias, suas origens e influências. Belo post!beijo

Maxwell disse...

Vish me lembro bem dessa época ai do fugees, tu até me trouxe esse disco pra eu gravar numa fita, lembra??boas recordações!dai comecei a seguir o mesmo ritmo e gravar os clipes que passavam no programa YO MTV! hehehhe abraço primo!

 
©2011 BENJAMIM Por Anderson Maya