8 de novembro de 2009

Emocionante.

Entre a corrida para levar a bateria, alguns microfones e muita dedicação. Não importa esse esforço mesmo apesar de sonhar em fazer nada disso e esperar que tudo seja do jeito que você sempre sonhou. Afinal somos vencedores após sermos batalhadores por cada derrame de suor, cada peso de caixa que ergue e cada aplauso que recebemos pelo fim de cada canção. Isso sim é o que importa, fazer o melhor para quem é expectador, pois são elas que levam a nossa mensagem, nossas vozes e espalham o nosso nome depois que mostramos que somos a voz dos que não podem reclamar do seu cotidiano e do seu sentimento.

Sempre comento sobre algum show que fortaleceu e não farei diferente para dizer sobre o grande lançamento do cd Homônimo do grupo de São Sebastião/Paranoá Diga How onde são formados por John e Magú onde trabalham sobre o cotidiano, amor, geografia e literatura. Fiquei feliz por eles terem convidado o Ataque Beliz para participar dessa grande festa. E como prometido, fiz o convite ao rapper Dam Mc para fazer parte de nosso show onde ele apresentou duas canções e uma delas foi a tal divulgada em twitters e orkuts chamada “Meu R.A.P.” onde deixou o público feliz em ter assistido, apesar de ser uma atração surpresa ele conseguiu conquistar o seu espaço e digno merecimento de aplauso.

Assim como tinha pessoas para prestigiar o Diga How, não aconteceu o contrário para o Ataque Beliz. Sei que muitos não prestigiaram a nossa classificação em junho para representar o Distrito Federal no Rio de Janeiro pelo RPB, mas agora puderam perceber a musicalidade e expressão de cada instrumento que preencheu o palco do Aquarius Bar. O público ficou encantado com a instrumental de jazz que foi apresentada ao início e com as escalas que foram colocadas nos solos de Sax de Marcos Portela que em cada refrão da música “madrugada” ele pode colocar com amor e simplicidade uma bela canção que foi cantada com coro.
Não posso deixar de comentar sobre o guitarrista que fortaleceu o nosso show que é antigo integrante da banda Rajada Morgana. Cícero provou que pode ser um novo integrante da banda, afinal foi bem recebido pelo baixista Henrique Cardoso e o baterista João Paulo.

Fizemos abertura da grande festa e colocamos o público para ficar a vontade e esperar que depois de nosso show poderiam esperar o que ainda estava por vir e eles foram fiéis e esperaram cada apresentação que ia chegando e sendo apresentado pelo mestre de cerimônia Vinicius Borba que cativava o público por sua simplicidade e liderança. Quando Vinicius anuncio a chegada do grupo Radicalibres o público correu para a frente para sentir a energia e calor dos versos que Preto e Moura transmitem na poesia crua e original do cenário do rap brasiliense. Teve até invasão de palco onde um fã entusiasmado queria um aperto de mão, por infelicidade dele o segurança foi um pouco além dos limites e teve que retirá-lo do evento, mas nada disso abalou a festa e sim animou mais a platéia que gritava com cada música a ser tocada.

E quem acha que depois da apresentação do Radicalibres a casa ficou vazia, pura inocência de quem achou. Com todo o discurso e liderança de um grande professor o integrante Markão do grupo Aborígine mostrou toda educação e profissionalismo ao subir pedir licença, cantar com alma e encher os olhos de alguns com seus versos. Mesmo tendo um problema técnico com o som, Markão mostrou toda postura e com os pés no chão levou cerca de três músicas praticamente na “acapela” e com isso teve mais expressão e assim os ouvintes ficaram assim presos por seus versos e fixados em seus movimentos precisos onde cantava sobre a terra e o coração de cada trabalhador desmerecido que existe nesse país. Foi merecido e aplaudido por todos e isso é o sentimento que vejo em pessoas que fazem música por amor.

Um bom tempo depois foi tudo voltando ao normal, conseguiram resolver o problema do som e com isso já convidaram o grupo CR2 para esquentar ainda mais a festa onde não pararam um minuto e usaram harmonias em nível de G-funk para compor a grande festa com a música “rolê na quebrada”. TG, Snake, GH e DJ William são mais um grupo merecedor de ser grande exemplo da nova safra da geração de rappers da cidade do Paranoá.

Depois de tanta energia de êxtase colocada na Aquarius Bar o grande momento chegou. Ao subir no palco John e Magú levaram bandeira e única estrela do seu grande time botafogo para o palco, onde o público gritava e aplaudia em coro com a canção “Diga How” e sem parar por aí emendaram na canção que também foi cantada por todos a música “Quem lê, viaja” vencedora do festival na cidade da Samambaia e no Festival Sucupira como a melhor letra. Agora uma particularmente que tocou e cantei do começo ao fim foi a grande “Expectador dos Sentimentos” onde ele transmite a simplicidade que existe num ser. Em quem acha que surpresas acabaram eles convidaram ao palco o rapper GOG que escreveu mais uma página do Hip-Hop do Brasil cantando junto a música “Sujeito de Sorte” onde a galera aplaudiu eufórico pela grande surpresa e humildade que existe no rapper GOG. Que logo ao fim da canção GOG fiz um discurso emocionante falando sobre o Diga How e incluiu artistas como RAPadura e contou a novidade que é Nego Dé o novo integrande do QG Só Balanço e ao fim ele comentou sobre a nossa vitória no RPB e a felicidade que teve ao saber que trouxemos o título ao Distrito Federal.

A festa foi uma grande celebração. Onde tive o prazer de reencontrar velhos amigos como RAPadura e a professora Rasta Bel onde ficamos gastando risadas e saudade de tempos antigos.
Esse fim de semana eu posso dizer que foi quente e cheio de artistas, amigos e verdadeiros compositores da música de qualidade que é rica e que ainda respira nesse imenso cerrado.

Quem não foi perdeu!

Um comentário:

Unknown disse...

Pode cre Sammmm otimo texto, precisamos de mais boas iniciativas como essa do Diga How no Hip Hop daqui. Salve....

 
©2011 BENJAMIM Por Anderson Maya